Chave que cai
Porta que abre
Miado
Subida
Respiração lenta
Ruído contínuo
Barriga ônibus
Silêncio
Silêncio
Silêncio
Esse é um baú que vai ser preenchido durante o ano de 2017, que serve como um álbum de fotos e um diário de momentos. Como somos do tamanho dos nossos sonhos, esse aqui é um canto de poesia que preencho para no futuro poder revive-los.
quarta-feira, 28 de agosto de 2019
Quero ser
Te esconder na minha mente é um papel difícil
Não quero olhar.
Não quero olhar.
Chorar.
Doi por tudo não querer sentir.
Por que você não entra no esquecimento
e anda de mãos dadas com o perdão
E se tudo fosse ainda mais fácil
Estou numa armadilha, numa completa enroscada
que eu mesmo busquei
E ao meu lado
A verdade que não sai da minha mente
E é contada
Quero saber como lidar com a morte lenta
de um amor que já tanto gostei
Quero lidar com a perda de alguém importante
que dorme ao lado
Mas que não foi honrado pelo mérito de ser
O que não sei mais se é
Mas quero ser
Não quero olhar.
Não quero olhar.
Chorar.
Doi por tudo não querer sentir.
Por que você não entra no esquecimento
e anda de mãos dadas com o perdão
E se tudo fosse ainda mais fácil
Estou numa armadilha, numa completa enroscada
que eu mesmo busquei
E ao meu lado
A verdade que não sai da minha mente
E é contada
Quero saber como lidar com a morte lenta
de um amor que já tanto gostei
Quero lidar com a perda de alguém importante
que dorme ao lado
Mas que não foi honrado pelo mérito de ser
O que não sei mais se é
Mas quero ser
desconheço
Essa praia continua fria
É um morro sem vida
O gosto já não parece o mesmo
Sal na boca que desconheço
Poemas frios que já não desço
Poemas frios e sem motivo
Para almas caladas e amadas
Doidos no chão
Poemas frios que já não conheço
É um morro sem vida
O gosto já não parece o mesmo
Sal na boca que desconheço
Poemas frios que já não desço
Poemas frios e sem motivo
Para almas caladas e amadas
Doidos no chão
Poemas frios que já não conheço
sábado, 17 de agosto de 2019
Ouvir dessa vez
Surdez
Fragilidade e Sonoridade
Escutar
Ímpar
De repente tudo parece tão delicado
Ela faz parte de mim
Um vaso delicado
Minado por palavras
Minado por sentimentos
Ouvidez
Ouvir dessa vez
Fragilidade e Sonoridade
Escutar
Ímpar
De repente tudo parece tão delicado
Ela faz parte de mim
Um vaso delicado
Minado por palavras
Minado por sentimentos
Ouvidez
Ouvir dessa vez
Batuque debaixo da ponte
Música
A paz dos desabrigados
dos desalojados
dos desarmados e desanimados
Ritmo e cor
Embaixo da ponte
Que ninguém tem vontade de ver
Gente sobrevivendo
No batuque debaixo da ponte
No sonho de dormir todo dia
e acordar com uma certeza
A paz dos desabrigados
dos desalojados
dos desarmados e desanimados
Ritmo e cor
Embaixo da ponte
Que ninguém tem vontade de ver
Gente sobrevivendo
No batuque debaixo da ponte
No sonho de dormir todo dia
e acordar com uma certeza
Homens caretas
esses homens caretas
se sentem na vontade de invadir
olhar
manejar
fixar
nojo
medo
eu passo todo dia entrando num carro de um homem
qual o trajeto?
nunca sabemos como confiar
cada olhar é um tirar de confiança
Homens caretas
Homens caretas
acham que o mundo é seu
e que podem mandar em tudo
Intimidadores
intimidadores
sobe um nojo na garganta
e um medo de não voltar pra casa
Qual é o nosso trajeto?
Vou chegar em casa?
se sentem na vontade de invadir
olhar
manejar
fixar
nojo
medo
eu passo todo dia entrando num carro de um homem
qual o trajeto?
nunca sabemos como confiar
cada olhar é um tirar de confiança
Homens caretas
Homens caretas
acham que o mundo é seu
e que podem mandar em tudo
Intimidadores
intimidadores
sobe um nojo na garganta
e um medo de não voltar pra casa
Qual é o nosso trajeto?
Vou chegar em casa?
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